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Histórias de Sucesso
29/09/2021 por Leonardo Medeiros
Tempo de Leitura: 2 minutos
A história desta medalha de ouro começa em 2007, quando Wallace Santos sofreu um acidente de trabalho e fraturou uma vértebra de sua coluna lombar. Com apenas 21 anos, já responsável por um filho de apenas 6 meses, parecia que todos os sonhos de Wallace estavam fora de campo, mas foi pelo esporte que ele se viu de volta ao jogo.
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O carioca, que hoje está no final de seu Bacharelado em Educação Física na UNISUAM, se viu em um quadro de depressão após o acidente, se tornou recluso e chegou a pesar 130 kg, mas foi nos conselhos de sua mãe, que encontrou uma saída por meio do esporte e da educação. O destino tinha muito mais reservado para o nosso herói olímpico e o atletismo era a prova disso.
Wallace conheceu a Associação de Apoio a Pessoas com Deficiência da Zona Oeste (ADEZO), onde via apoio e grandes possibilidades em seu futuro, principalmente motivado em estar presente e ativo para ver seu filho crescer. Não foi um processo fácil e ele teve muita ajuda, mas logo a sua história mudou de vez. Em 2013, por meio de um projeto social, Wallace conheceu o esporte paralímpico, inspirado por Jonas Licurgo, que mais tarde o convidou para sentar na cadeira do arremesso e fazer a sua primeira tentativa. Um lance que viajaria pelo mundo inteiro e aterrissaria em Tóquio.
Mas antes mesmo de pisar em terras japonesas, nosso campeão olímpico buscou a educação. Indicado pelo seu treinador, Paulo Henrique Lopes, ele encarou a sua primeira Graduação em Licenciatura em Educação Física na UNISUAM. “O Wallace é um modelo de vida, de muita batalha, muita força de vontade e de transformação”, contou a professora Patrícia Amaral. “Eu tive bastante crescimento na UNISUAM, hoje sou formado em Educação Física e estou terminando o Bacharelado. Consigo mesclar ser atleta com ser professor e é muito importante para o atleta saber o porquê de você estar fazendo aquele movimento”, explicou Wallace.
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Em 2016, ele foi convocado pela primeira vez pela seleção brasileira, representando o Brasil nos Jogos Paralímpicos do Rio e, em 2021, nas Paralimpíadas, foi ouro e recordista mundial no arremesso de peso F55. “Foi uma experiência muito impactante, tanto que eu fiquei até meio sem entender o que eu tinha feito, pois foi algo grande”, afirma Wallace, “O atleta treina quatro anos para apenas um momento, então não podem haver erros nem falhas, entrar lá me sentindo confiante, treinado e com a cabeça boa me ajudou a fazer o meu melhor”, concluiu o atleta.
Orgulho nacional, Wallace Santos planeja estar em Paris defendendo seu título em 2024. “Se isso me levar ao ouro novamente, tudo bem, mas o importante é que o treino continua forte e Paris é logo ali”, finalizou.
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Por Leonardo Medeiros
Redator, Copywriter e Jornalista. Meus interesses se movem na órbita dos livros e da cultura. Dentre os amores, o café, a informação fresca e as boas conversas. "Seja a mudança que você deseja ver no mundo", Gandhi.
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