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Viver Bem
26/10/2021 por Julia Abreu
Tempo de Leitura: 2 minutos
Segundo o Instituto Nacional de Seguridade Social, o Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor e a Organização Internacional do Trabalho, o registro de doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT) no Brasil aumentou 184% entre 2007 e 2016. Melhorar o ambiente laboral, reduzindo o risco e a protegendo a saúde do trabalhador, podem contribuir para atingir o Objetivo 8 para o Desenvolvimento Sustentável Trabalho Decente e Crescimento Econômico da Agenda 2030 da ONU.
Nesse sentido, a pesquisa liderada pela fisioterapeuta Jacqueline Cunha durante seu Mestrado Profissional em Desenvolvimento Local (PPGDL) na UNISUAM entre 2019-2021 — incluindo Matheus Mello (graduação/iniciação cientifica) e Prof. Dr. Arthur de Sá Ferreira (orientador do PPGDL) — investigou o conhecimento dos trabalhadores da área administrativa do ensino superior sobre riscos ergonômicos, desconfortos sentidos e avaliação de seu ambiente laboral.
“Com base nos dados, verificamos que a maioria dos participantes já tinham ouvido falar nos riscos, mas poucos sabem reconhecê-los, e ainda relataram que não tiveram acesso a informações sobre os riscos em seu ambiente de trabalho, tanto presencial como remoto” comenta Jacqueline. Baseado nesses resultados, foi proposto um e-Book como parte de um programa de prevenção primária aos agravos e reconhecimento dos riscos ergonômicos, com conteúdo socioeducativo com o objetivo de conscientizar e educar os trabalhadores, tendo em vista que o formato digital, é um dos meios de disseminação de informação mais utilizados atualmente.
?Como é o mercado de trabalho para o fisioterapeuta?
Hoje, o ambiente de trabalho é avaliado por um profissional capacitado, que avalia e indica correções, porém sem a participação dos trabalhadores. “Percebe-se que, mesmo com o uso das Normas Regulamentadoras, Comissões Internas de Prevenções a Acidentes e de programas de prevenções de riscos ocupacionais, As DORT têm sido uma das principais causas de afastamento do trabalho no Brasil”, diz Jacqueline. Considera-se que a maioria dos agravos à saúde dos trabalhadores são evitáveis, de modo que a prevenção primária tem que ser o precursor dos programas e das avaliações ambientais — e o trabalhador o centro dessa mudança cultural, como detentor do saber no que tange sua atividade laboral.
“Espera-se que o e-Book, com foco na autoavaliação de seu local de trabalho, sensibilize trabalhadores desse segmento afim de que possam reconhecer, alertar e/ou sinalizar aos gestores ou autoridades competentes os fatores de risco a que estão expostos” – completam Jacqueline e Matheus.
Estudante de Publicidade e Propaganda, Estagiária em Marketing. Viciada em filmes, séries e conteúdos da área da comunicação social.
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