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Comunicação e Tecnologia
20/12/2022 por Carolina Grimiao
Tempo de Leitura: 3 minutos
Quando há muitos anos nossos pais ou avós assistiam filmes de robôs inteligentes e máquinas com capacidades de resolver problemas, eles diziam que isso nunca iria se tornar realidade, que o autor da história era muito criativo e que tudo não passava de ficção científica. O que eles não imaginavam é que esses sistemas que se assemelham a inteligência humana para executar tarefas existem e se aprimoram cada vez mais para coletar informações que possam nos auxiliar no dia a dia.
Por exemplo, os assistentes digitais que conversam com o cliente durante uma compra online para tirar dúvidas e finalizar o pedido; e os mecanismos que fornecem recomendações automatizadas com base nas buscas dos usuários na internet. Ou seja, a Inteligência Artificial é uma capacidade de análise de dados para auxiliar em atividades da vida humana.
Um sistema que absorve, analisa e organiza os dados para entender e identificar objetos, pessoas, padrões e reações de todos os tipos e agir de acordo com as ações humanas. Resumindo, a Inteligência Artificial permite que os sistemas tomem decisões de maneira independente com base em dados digitais.
Mas, como isso surgiu?
A ideia de ter robôs pensantes ou mecanismos que simulem a inteligência humana é muito antiga, mas a primeira vez que se ouviu falar sobre esses conceitos foi na década de 1920, servindo de inspiração para obras ficcionais de teatro e cinema, como o filme Metrópolis (1927) e, na década de 1940, para os primeiros artigos científicos sobre as conexões neurológicas dos pesquisadores Warren McCulloch e Walter Pitts.
Em 1950, um pesquisador chamado Claude Shannon apresentou um trabalho sobre como programar uma máquina para conseguir jogar xadrez apenas com cálculos matemáticos. No mesmo ano, outro pesquisador, Alan Turing, consegue desenvolver uma maneira de analisar se uma máquina pode se passar por um humano durante uma conversa por escrito. Daí pra frente, diversos outros experimentos e estudos surgiram. O termo “Inteligência Artificial” surge em 1956 para conceituar esses mecanismos e sistemas.
Vivendo como Os Jetsons
Se você nunca viu o desenho animado dos Jetsons, seus pais provavelmente já o assistiram. Produzido entre 1962 e 1963, e relançado entre 1984 e 1986, a animação contava a vida de uma família que vivia em Orbit City, com carros voadores, cidades suspensas, trabalho automatizado, toda as possibilidades de aparelhos eletrodomésticos e de entretenimento, robôs como empregados e tudo que dá para imaginar ser possível de avanço tecnológico no futuro, mais precisamente em 2062.
A empregada doméstica é a robô Rosie(da foto), que cuida da limpeza e outras tarefas que são feitas a partir de apertos de botões e comandos de voz. Ela também é programada para responder perguntas. Isso te parece próximo?
Quando paramos para pensar que na década de 1960 um desenho animado previu grande parte dos aparelhos e aplicativos que temos hoje, é um pouco assustador. Smartphones, videochamadas, casas inteligentes, assistentes virtuais e robôs que realizam tarefas domésticas já faziam parte do imaginário da série e hoje fazem parte do nosso dia a dia.
Todas essas inovações são reflexo de uma combinação de elementos, como a Internet das Coisas (IoT), a própria Inteligência Artificial (AI), a Realidade Aumentada (AR) e a Realidade Virtual (RV), que se aceleram ainda mais a partir da internet 5G.
? Falando nisso… Metaverso: você está pronto para esse desafio?
Ensinando os computadores a pensar
Existem diversas tecnologias por trás dos sistemas que fazem os dispositivos tecnológicos pensarem e analisarem os dados como plataformas de algoritmos e outras resoluções para projetar, treinar e aplicar modelos específicos em máquinas e aplicativos. Esse é o Machine Learning.
Existe também o Deep Learning, que identifica imagens e reconhecimentos de fala para treinar as máquinas a executar atividades como humanos. E o Pensamento de Linguagem Natural (PNL), que reproduz processos de desenvolvimento ligados à linguagem humana, para compreensão de contextos e resumos, como diálogos automáticos no atendimento ao consumidor, por exemplo.
Todas essas tecnologias são benéficas em muitos aspectos. Empresas utilizam os dados coletados por essas inteligências para tomadas de decisões e estratégias de ações. A automação em atividades lógicas gera velocidade e mapeamento de riscos operacionais. Já no atendimento, é possível alcançar muito mais consumidores ao mesmo tempo e filtrar as informações que chegam aos atendentes reais.
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Essas tecnologias são cada vez mais usadas em setores financeiros, no marketing, em linhas de produção e operação, e até nos recursos humanos. Tudo que envolva dados, sistemas e padronizações, a Inteligência Artificial pode ser uma aliada. O importante é saber direcionar e conduzir essa ferramenta a favor do usuário, seja ele uma empresa ou um grupo de pessoas.
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Analista de Comunicação do Blog UNISUAM. Jornalista, Historiadora e Psicopedagoga. Mestranda em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano da UFF. Apaixonada por Educação e Cultura Popular.
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