Atenção! Você tem
para garantir seu desconto!
Diversidade para Todos
24/02/2022 por Carolina Grimiao
Tempo de Leitura: 2 minutos
Em pleno século 21, as pessoas com deficiência ainda compõem um grupo populacional vulnerável ao preconceito, à discriminação e à exclusão. A falta de oportunidades, a acessibilidade precária e o desconhecimento são fatores que limitam a participação na sociedade e impactam na saúde física, emocional e socialização. Pensar em estratégias para o desenvolvimento pleno desta população é extremamente relevante e vai ao encontro aos objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável das Organização das Nações Unidas, em especial o número 3, que é promover saúde e bem-estar.
A prática de exercícios físicos, incluindo os esportes, é uma estratégia que tem crescido entre pessoas com deficiência, com objetivos que vão desde a reabilitação ao esporte de alto rendimento. Considerando a alta prevalência de sedentarismo na população de pessoas com deficiência, que por sua vez aumenta os riscos de doenças crônicas não-transmissíveis e mortalidade cardiovascular, esta prática deve alcançar a mais ampla parcela de indivíduos.
Tendo em vista que a agenda de prioridades do Ministério da Saúde preconiza o favorecimento de grupos vulneráveis e marginalizados, nossas pesquisas visam investigar aspectos fisiológicos e funcionais de pessoas com deficiência para que a seleção dos exercícios físicos, bem como a prescrição do treinamento sejam feitos de acordo com as necessidades individuais. Indiretamente, pela divulgação dos resultados, nossas pesquisas visam também estimular e encorajar a prática de exercícios físicos entre as pessoas com deficiência que ainda são sedentárias.
Uma das vertentes das nossas pesquisas tem como alvo o público infantojuvenil. Ao mesmo tempo em que sabemos que a deficiência está relacionada a limitações que repercutem no crescimento, desenvolvimento e aptidão física, sabemos que o exercício físico é capaz de promover mudanças favoráveis em diversos sistemas corporais. Para que os ganhos relacionados aconteçam de forma ótima, no entanto, é necessário o conhecimento dos déficits funcionais, de modo que as intervenções tenham início o mais precocemente possível, sendo direcionadas de fato às necessidades individuais. Precisamos canalizar os esforços para garantir que estas crianças cresçam de forma saudável, tenham uma vida plena e se tornem adultos com oportunidades, autonomia e atinjam o maior grau de interação social possível.
Atletas com deficiência também são investigados em nossa linha de pesquisa. Em um cenário em que décimos de segundo separam medalhistas de prata e ouro, técnicos e preparadores físicos não podem mais trabalhar no empirismo em busca do alto rendimento. Considerando as repercussões que cada tipo de deficiência provoca no organismo, cada atleta se torna único e as demandas são mais específicas. Torna-se extremamente importante a capacitação de profissionais inseridos em nossas pesquisa científica para uma educação de qualidade. Muito ainda pode ser feito para esta população, incluindo em tecnologia.
Independentemente da população-alvo, nossas pesquisas mostram as características fisiológicas e funcionais de pessoas com deficiência, tendo em vista a proposta de ações que permitam um pleno desenvolvimento do estado geral de saúde e bem-estar.
Patrícia Vigário, EF, DSc, é docente permanente do
Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação da UNISUAM,
Contato: patriciavigario@souunisuam.com.br
Analista de Comunicação do Blog UNISUAM. Jornalista, Historiadora e Psicopedagoga. Mestranda em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano da UFF. Apaixonada por Educação e Cultura Popular.
Deixe um comentário