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Diversidade para Todos
14/04/2022 por Carolina Grimiao
Tempo de Leitura: 3 minutos
A UNISUAM realiza, nos dias 19 e 20 de abril, a Semana BrasileirÍndio. As atividades multidisciplinares vão contemplar os cursos de Gastronomia, Estética, Direito, Serviço Social, História e Licenciaturas com o objetivo de valorizar os primeiros habitantes do território brasileiro.
Os indígenas foram os anfitriões desta terra. Eles resistem e nos ensinam até hoje sobre preservação, cultura, culinária, artesanato, a relação com os recursos naturais e a coletividade. Mais importante do que ter um dia para celebrar, é poder utilizar dessa data para refletir, debater e transmitir conhecimento, principalmente no contexto atual de lutas pela terra e por direitos. Infelizmente, as reivindicações indígenas perpassam toda a história do nosso País e pouco se fez politicamente com relação ao reconhecimento desses povos.
O Professor João Silva, Coordenador do Curso de Serviço Social, é o responsável por organizar o evento deste ano. Um dos encontros previstos para esta edição é sobre a Infância Indígena, que acontece no dia 19 de abril, às 19h. O Mestre em Ciências Humanas pela Universidade do Amazonas, Professor Manoel Inácio, traz um olhar especial sobre essa temática:
“Falar em Infância Indígena é falar das peculiaridades de cada povo indígena, da forma como essa Educação acontece. A concepção de Infância Indígena está muito ligada à ideia de liberdade, da maneira como a criança é percebida no meio da comunidade. Ela tem o direito de estar presente em todos os lugares da aldeia, pois é onde ela interage e aprende com todos do seu grupo de convívio. Esse processo educativo acontece comunitariamente, haja visto que um dos princípios da Educação Indígena é a construção do Ser.”
Uma das convidadas deste encontro é a Professora Andreia Benchimol de Andrade, também Mestre em Ciências Humanas pela Universidade do Estado do Amazonas. Para Andreia, abrir os espaços de uma universidade para trazer a temática indígena é de grande importância:
“Os diálogos interdisciplinares dentro da universidade são muito importantes para desconstruir nossas ideias pré concebidas sobre os povos indígenas e suas culturas e modos de vida. É com imensa alegria que estarei participando do evento BrasileirÍndio para compartilhar um pouco da realidade de pesquisa na Amazônia”.
Trazendo o debate para o sudeste, das etnias indígenas que habitam a região, a Professora Silene Orlando Ribeiro realiza o seu trabalho aqui no Rio de Janeiro atuando na rede pública do Estado. Com um trabalho voltado para a História das Populações Indígenas e do Indigenismo no Brasil, realiza pesquisas sobre as populações indígenas no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense, e traz dados valiosos para reflexão:
“Conhecer as histórias, culturas, lutas e resistências indígenas é um processo fundamental para a compreensão da sociedade brasileira e para a autocompreensão. O evento realizado pela UNISUAM coloca em cena um debate muito importante para o tempo presente e para os brasileiros e brasileiras. Nunca foi tão necessário refletir sobre a ancestralidade indígena e o papel histórico dos povos originários no Brasil. Segundo o Censo do IBGE de 2010, vivem no Brasil cerca de 896,9 mil indígenas. Nas áreas urbanas, temos 315.180 indígenas. No Rio de Janeiro, encontramos uma população indígena que totaliza mais de 15 mil pessoas. No município do Rio, vivem hoje cerca de 6.764 indígenas. O Rio de Janeiro é uma cidade indígena.”
As palestras da Semana BrasileirÍndio serão realizadas no Youtube da UNISUAM nos dias 19 e 20 de abril, em diversos horários. Confira abaixo a programação completa do evento. Para participar é só clicar no tema da atividade:
? Mandioca: Valor Histórico, Cultural e Gastronômico
19/04, 10h às 12h
? A Representação da Maquiagem para o Índígena
19/04, 15h às 17h
? Jornada BrasileiÍndio – A Infância Indígena
19/04, 19h às 21h
? Direitos Humanos e Ativismo de Mulheres Indígenas
20/04, 10h às 12h
? Ressignificando o Dia do Índio
20/04, 15h às 17h
20/04, 19h às 21h
Analista de Comunicação do Blog UNISUAM. Jornalista, Historiadora e Psicopedagoga. Mestranda em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano da UFF. Apaixonada por Educação e Cultura Popular.
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