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Nota 10
20/08/2021 por Leonardo Medeiros
Tempo de Leitura: 2 minutos
O presente capítulo desenvolve uma reflexão sobre o processo de preservação do patrimônio moderno e as dinâmicas paisagísticas através da análise do Parque do Flamengo. O objetivo da reflexão é construir argumentos para defender uma mudança no processo de tombamento do espaço livre público, a fim de promover sua vitalidade social na contemporaneidade, mantendo as premissas políticas do projeto moderno, bem como preservar o traço original de Burle Marx. Desta forma, tem-se como objetivo, estudar o parque como uma paisagem contemporânea, entendendo quais são os elementos originais do projeto da década de 1960, quais são as variações posteriores que geraram a paisagem atual, quais são os problemas paisagísticos gerados pelo abandono e quais seriam as transformações necessárias ao parque para potencializar os ideais projetuais de espaço público sem descaracterizar os padrões do desenho moderno. Neste artigo, veremos mais sobre arquitetura da paisagem e arborização urbana.
A hipótese defendida é a de que a manutenção, o aprofundamento quanto às qualidades paisagísticas e a consolidação quanto ao ideal projetado destes elementos espaciais seriam uma possibilidade mais eficiente para a preservação do patrimônio moderno paisagístico, se comparados a abordagens teóricas similares à análise de estruturas arquitetônicas.
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Como preservar um patrimônio vivo sem deixá-lo morrer? A preservação de um espaço público requer estratégias diferentes, no que diz respeito a uma edificação ou a um conjunto edificado. O espaço público é dinâmico, pois representa um reflexo da cultura e das ações da sociedade. Sua conservação não requer técnicas de restauro e coerências estéticas, mas uma estratégia que possibilite a transformação sem alterar a estrutura paisagística que o fundamenta. Entender a estrutura e compreender a sua capacidade de renovação é o papel daqueles que desejam lutar para a sua preservação. O risco do espaço público moderno está na ausência de conhecimento da estrutura paisagística frente às pressões por transformações culturais.
Para que as questões se tornem um diálogo entre o ideal moderno do parque e as demandas contemporâneas é necessário também pensar em uma nova forma de debate que aproxime a sociedade civil e apresente projetos arquitetônicos, urbanísticos e paisagísticos, como ferramenta retórica. Por exemplo, pode-se pensar uma organização institucional com diversos desenhos possíveis, entre representantes e desenvolvedores dos órgãos de Estado, membros das universidades e membros da sociedade civil. Mais do que a gestão pública, responsabilidade do Estado, esta instituição deveria apresentar as propostas de transformação social constantes do espaço e instituir, através de concursos, palestras, conferências e debates a céu aberto, o debate público e político possível. Desta forma, pode-se perceber a necessidade de um debate público acerca do modelo de preservação que a sociedade deseja para o Parque do Flamengo.
Baseado no capítulo publicado no livro: “Arquitetura e Urbanismo no Século XXI: ensaios, pesquisas e relatos de experiência”
Vinicius Ferreira Mattos é docente do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNISUAM.
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Redator, Copywriter e Jornalista. Meus interesses se movem na órbita dos livros e da cultura. Dentre os amores, o café, a informação fresca e as boas conversas. "Seja a mudança que você deseja ver no mundo", Gandhi.
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