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Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): O que são e por que as universidades devem falar sobre isso?

Saiba o que são os ODS, por que são essenciais e como as universidades desempenham um papel-chave na Agenda 2030 da ONU.

  • Institucional

04/04/2025 por Dianne Caamaño

Tempo de Leitura: 3 minutos

Em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu um plano ambicioso para transformar o mundo: a Agenda 2030. Foi motivada pela necessidade urgente de enfrentar desafios globais como pobreza, desigualdade, degradação ambiental e mudanças climáticas. 

Antes disso, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), estabelecidos em 2000, já haviam definido metas para combater problemas sociais, mas eram focados principalmente em países em desenvolvimento. Com os avanços alcançados e os desafios ainda existentes, a ONU percebeu a necessidade de um plano mais abrangente, que incluísse todos os países e equilibrasse desenvolvimento econômico, justiça social e preservação ambiental.

Composta por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), essa agenda tem como meta erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que todas as pessoas tenham paz e prosperidade. Mas como as universidades se encaixam nesse cenário? A resposta é simples: elas desempenham um papel fundamental na disseminação do conhecimento, na formação de cidadãos conscientes e na busca por soluções inovadoras para os desafios globais.

Fatores que impulsiona a Agenda 2030

Crescimento das desigualdades globais – Mesmo com avanços na redução da pobreza, as diferenças entre ricos e pobres continuavam aumentando em diversas partes do mundo.

Crise climática e ambiental – Eventos climáticos extremos, desmatamento e perda de biodiversidade mostravam que o modelo de desenvolvimento vigente não era sustentável.

Interdependência global – A globalização trouxe novas oportunidades, mas também desafios, como crises financeiras, fluxos migratórios e impactos ambientais que exigiam ações coordenadas entre os países.

Desafios da Agenda 2030

Todos os países devem se comprometer com os 17 ODS, independentemente de sua condição econômica, sendo que muitas metas exigem mudanças significativas em apenas 15 anos (2015-2030).

Diferente de iniciativas anteriores, os ODS não tratam apenas de temas isolados, mas exigem soluções que conectam economia, meio ambiente e sociedade. E, para alcançar as metas, os países precisam de altos investimentos e políticas públicas bem estruturadas.

Quais países apoiam a Agenda 2030 desde o início?

A Agenda 2030 foi adotada por unanimidade por todos os 193 países-membros da ONU na Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, em setembro de 2015. No entanto, alguns países se destacaram por seu apoio imediato e engajamento ativo na implementação:

  • Países Nórdicos (Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia e Islândia) – Tradicionalmente líderes em sustentabilidade, igualdade social e inovação, esses países já possuíam políticas alinhadas aos ODS e rapidamente começaram a aplicá-los em suas estratégias nacionais.
  • Alemanha – Incorporou os ODS em sua política econômica e ambiental, tornando-se um dos países mais comprometidos com a transição para uma economia verde.
  • Canadá – Demonstrou forte apoio, especialmente nas metas relacionadas a igualdade de gênero e direitos humanos.
  • China – Apesar de desafios ambientais, integrou os ODS em seu planejamento econômico e na iniciativa do Cinturão e Rota, promovendo desenvolvimento sustentável em países parceiros.
  • Brasil – Foi um dos protagonistas na discussão da Agenda 2030, comprometendo-se com metas de redução da pobreza e proteção ambiental, especialmente na Amazônia.

Conheça as 17 ODS da ONU

Para entender melhor a importância dessa agenda, confira um resumo dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável:

  1. Erradicação da Pobreza: Acabar com a pobreza em todas as suas formas, garantindo acesso a recursos básicos para todos.
  2. Fome Zero e Agricultura Sustentável: Garantir segurança alimentar e promover uma agricultura sustentável para erradicar a fome.
  3. Saúde e Bem-Estar: Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas as idades.
  4. Educação de Qualidade: Garantir acesso à educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todos.
  5. Igualdade de Gênero: Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.
  6. Água Potável e Saneamento: Garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos.
  7. Energia Acessível e Limpa: Assegurar o acesso a fontes de energia acessíveis, confiáveis, sustentáveis e modernas.
  8. Trabalho Decente e Crescimento Econômico: Promover crescimento econômico sustentável, emprego pleno e produtivo.
  9. Indústria, Inovação e Infraestrutura: Construir infraestruturas resilientes e fomentar a inovação.
  10. Redução das Desigualdades: Reduzir as desigualdades dentro e entre os países.
  11. Cidades e Comunidades Sustentáveis: Tornar as cidades mais inclusivas, seguras e sustentáveis.
  12. Consumo e Produção Responsáveis: Garantir padrões sustentáveis de produção e consumo.
  13. Ação Contra a Mudança Global do Clima: Tomar medidas urgentes para combater as mudanças climáticas.
  14. Vida na Água: Proteger e conservar os oceanos e os recursos marinhos.
  15. Vida Terrestre: Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres.
  16. Paz, Justiça e Instituições Eficazes: Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável.
  17. Parcerias e Meios de Implementação: Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.

O papel das universidades na promoção das ODS

As universidades são agentes essenciais na construção de um mundo mais sustentável. Elas não apenas formam profissionais capacitados para enfrentar esses desafios, mas também promovem pesquisas (como em nosso Mestrado de Desenvolvimento Local); participa e proporciona projetos sociais; além de fechar parcerias estratégicas que impactam diretamente a sociedade. Ao integrar os ODS às suas práticas acadêmicas e administrativas, as instituições de ensino superior contribuem para a conscientização e implementação de ações que geram impacto real.

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Por Dianne Caamaño

Publicitária e Jornalista, especialista em Marketing e Designer Gráfico. Escrevo por aqui, manda pauta! ;)

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