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Mestrado e Doutorado
27/08/2021 por Leonardo Medeiros
Tempo de Leitura: 2 minutos
No atual momento da pandemia, muitos dos sobreviventes da COVID-19 evoluem com importantes sequelas. Assim, torna-se fundamental um direcionamento precoce para a avaliação da função pulmonar e física, o recondicionamento e o monitoramento da funcionalidade. Ao lado das sequelas funcionais, temos implantado e avaliado o efeito da terapia domiciliar — orientada por fisioterapeuta — sobre a função respiratória e a capacidade funcional, no seguimento de pacientes com COVID-19 que possuem sequelas pulmonares. “Precisamos avançar na reabilitação e promoção de qualidade de vida dessas populações”, diz Agnaldo José Lopes, DSc.
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Temos, também, que enfrentar doenças crônicas não infecciosas que acometem populações muito específicas e são negligenciadas. Além de sua raridade, tais doenças são caracterizadas pelo progressivo aumento na expectativa de vida dos seus portadores e importantes limitações funcionais devido ao seu caráter multissistêmico. Essas doenças acometem grupos populacionais desabastecidos economicamente e possuem tratamentos de alto custo para o sistema público de saúde — ou não possuem cura. Essas condições geraram grupos que convivem com uma doença crônica e são afastados do ambiente social.
Umas das condições não infecciosas que estudamos é a anemia falciforme, uma doença hereditária. Com uma gama de estudos voltados para a identificação das consequências a longo prazo, que a anemia falciforme é capaz de causar nos sistemas respiratórios, musculoesquelético e nervoso, temos implantado um programa de reabilitação funcional para essa população, aprimorando o atendimento ao paciente e, assim, melhorando a qualidade de vida.
Outra condição estudada pelo nosso grupo é a acromegalia — uma doença crônica, sistêmica e altamente incapacitante. Desenvolvemos projetos para definir os aspectos que limitam a capacidade funcional e qualidade de vida dos portadores de acromegalia. Mais recentemente, os projetos têm sido direcionados para a reabilitação.
Desenvolvemos pesquisas sobre os aspectos clínicos e funcionais que limitam as atividades de vida diária de pessoas com esclerodermia. Estudamos também a capacidade funcional e qualidade de vida em portadores de fibrose cística. Os resultados obtidos têm alavancado protocolos internacionais acerca da reabilitação.
Nossas pesquisas têm identificado e proposto soluções inovadoras para a avaliação funcional e abordagem terapêutica de doenças que têm recebido poucos investimentos em pesquisa clínica. Contribuímos para a Agenda 2030, para o Desenvolvimento Sustentável das Organização das Nações Unidas, por meio da implantação de políticas de saúde e bem-estar. Paralelamente, promovemos a educação de qualidade dos envolvidos nas nossas pesquisas.
Como parte da agenda de prioridades do Ministério da Saúde, avançamos no que tange à reabilitação e qualidade de vida dessas populações, tanto do ponto de vista das políticas de saúde quanto da coletividade. Seus portadores merecem oportunidades de (re)inserção social no mundo globalizado, seja via empregabilidade ou participação na comunidade em que vivem.
(Agosto/2021)
Agnaldo José Lopes, MD, DSc, é docente permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação e do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Local da UNISUAM.
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Redator, Copywriter e Jornalista. Meus interesses se movem na órbita dos livros e da cultura. Dentre os amores, o café, a informação fresca e as boas conversas. "Seja a mudança que você deseja ver no mundo", Gandhi.
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