Sabemos que a Psicologia é uma importante área da saúde responsável por estudar os processos mentais dos seres humanos. Mas você sabia que existem diferentes teorias e abordagens psicológicas? Sim! O profissional da área especializa-se em alguma dessas teorias para poder trabalhar com os indivíduos.

As abordagens da Psicologia buscam compreender, de diferentes maneiras, o funcionamento da mente humana e os gatilhos que levam o paciente a certos conflitos. Cada teoria possui seus métodos próprios e outros compartilhados, para que possa desenvolver, à sua maneira, o processo de acompanhamento do indivíduo.

Vamos conhecer essas abordagens:

Psicanálise

Essa abordagem da Psicologia é a mais conhecida e você provavelmente já ouviu falar sobre ela. A Psicanálise foi desenvolvida por Sigmund Freud e busca compreender as causas de transtornos psicológicos, desenvolvimento da personalidade do ser humano e sua motivação. Ela se baseia na ideia que nossas ações e pensamentos são influenciados por conflitos e desejos inconscientes, muitas vezes relacionados às experiências da infância.

A abordagem tem como característica estimular a própria pessoa a entender o que está acontecendo consigo mesma, e quais caminhos ela pode percorrer para modificar e solucionar esses problemas. 

Algumas técnicas utilizadas pelas Psicanálise são:

• Associação livre;
• Interpretação de sonhos;
• Ruptura do setting terapêutico;
• Análise do inconsciente.
  
  

O profissional que deseja trabalhar com essa abordagem pode se tornar um verdadeiro especialista com a Pós-Graduação em Psicanálise e Contemporaneidade UNISUAM. Nela, o psicólogo vai promover conhecimentos gerais em saúde mental, dentro outros diversos temas que permeiam essa área.

Abordagem da Psicologia Analítica Jung ou Análise Junguiana

A abordagem de Psicologia desenvolvida por Carl Gustav Jung nasce da discordância em teorias e técnicas utilizadas por Freud. No modelo proposto por Jung, o objeto de estudo são os sonhos e a busca do terapeuta em manter sempre a conversa em torno dos problemas que levaram o paciente até ali. 

Assim, não apenas os conteúdos do inconsciente individual são analisados, mas também o coletivo e transpessoal. É enfatizada a importância dos arquétipos, símbolos e mitos universais na compreensão da mente humana.

Pode-se dizer que a busca da análise junguiana passa pelo autoconhecimento e a individualização, ou seja, tentativa de aproximação do “eu” como desenvolvimento pessoal. A abordagem de Jung tem sido aplicada na Psicoterapia, Psicologia Organizacional, estudo da mitologia e compreensão da sociedade. 

Essas são algumas das técnicas utilizadas que buscam estimular a imaginação:

• Interpretação de sonhos;
• Análise de símbolos como pinturas, esculturas e música;
• Caixa de areia (Sandplay).
  
  

Behaviorismo

O Behaviorismo ou Abordagem Analítico Comportamental foi desenvolvido pelo psicólogo americano John B. Watson e se concentra no estudo do comportamento das pessoas. Logo, o psicólogo tem como objetivo analisar e auxiliar a transformação comportamental do indivíduo.

Essa teoria é baseada na ideia de que todo comportamento é resultado de estímulos e experiências passadas. Assim, todo ser humano está suscetível a mudar seu comportamento de acordo com o ambiente inserido, enfatizando a importância do condicionamento e aprendizado por meio da observação e do reforço.

Uma das técnicas mais eficientes e utilizadas é atribuir “tarefas de casa” que coloquem o indivíduo em contato com o que lhe aflige, ajudando-o a mudar a visão e superar os incômodos. Essa técnica é indicada para pessoas com quadros de ansiedade, pânico, fobia social, depressão, dependência química e problemas de aprendizagem.

Humanismo

O Humanismo é uma abordagem da Psicologia que foca no desenvolvimento do ser humano como um todo, valorizando suas capacidades. Desenvolvida por um grupo de psicólogos e teóricos, o Humanismo se baseia na aceitação: “O paradoxo curioso é que quando eu aceito, então eu mudo.”, disse Carl Rogers, um dos psicólogos humanistas.

Essa abordagem destaca a autoconsciência, o livre-arbítrio e a autorrealização do indivíduo. A ideia é que cada indivíduo tem potencialidades e necessidades, sendo responsabilidade do profissional ajudar a pessoa a tornar-se mais consciente e explorar suas experiências e valores, dando significado à vida.

Essas são algumas técnicas utilizadas por profissionais humanistas:

• Empatia;
• Escuta ativa;
• Reflexão;
• Autenticidade;
• Aceitação do presente.
  
  

Abordagem Psicológica Cognitivo Comportamental

A Teoria Cognitivo-Comportamental (TCC) se baseia nos trabalhos de Aaron Beck e integra elementos do comportamentalismo e psicologia cognitiva. Essa abordagem tem como foco mudar pensamentos disfuncionais, buscando compreender de que maneira nossas crenças e percepções influenciam nossa experiência e maneira de ser. Dessa forma, a TCC acredita que pensamentos distorcidos levam a comportamentos disfuncionais.

Portanto, o terapeuta tem como objetivo ajudar o paciente a ter uma visão de mundo mais adequada para enfrentar os estímulos externos. A intenção é mostrar que esses pensamentos podem ser alterados com treinos e raciocínios funcionais. 

Essas são algumas das técnicas utilizadas pela TCC para problemas pontuais:

• Reestruturação cognitiva;
• Treinamento de habilidades;
• Exposição gradual a situação temidas;
• Reforço e aprendizagem.
  
  

Gestalt-Terapia

A Gestalt-Terapia se concentra na compreensão da experiência e percepção do presente, sendo desenvolvida por Fritz Perls, Laura Perls e Paul Goodman. A terapia Gestalt busca a integração e crescimento pessoal pessoal, enfatizando a consciência do aqui e agora, responsabilidade individual e relação interpessoais.

O terapeuta tem como função ajuda o cliente a se tornar mais consciente de seus pensamentos e comportamentos. Assim, é possível alcançar uma maior percepção de si mesmo e suas necessidades. Para isso, é utilizado o método fenomenológico, que não busca as causas de um sintoma, mas o entendimento sob diversos aspectos.

Essas são algumas da técnicas utilizadas na Gestalt-Terapia:

• Foco na sensação corporal;
• Exageração dramática;
• Diálogo vazio;
• Exercício da cadeira vazia.
  
  

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