Viver Bem
01/12/2022 por Carolina Grimiao
Tempo de Leitura: 2 minutos
Já pensou em medir a sua felicidade?
Será que dá para medir a felicidade ou definir meios de alcançá-la? Há muitos anos os pesquisadores vêm trabalhando nessas questões nos mais variados ramos das Ciências Humanas. Nos Estados Unidos, o israelense Doutor em Psicologia e Filosofia pela Universidade de Harvard, Tal Ben-Shahar, realiza seus estudos há mais de 30 anos sobre os componentes da felicidade. Para ele, o caminho não é estudar os fatores que trazem esse sentimento, mas as condutas que não deixam ele acontecer.
No segundo ano em Harvard cursando Ciências da Computação, o jovem aluno israelense não se sentia feliz, ainda que realizasse atividades que gostasse. Foi quando decidiu mudar de área para tentar responder duas perguntas: por que estou triste e como posso ficar feliz? A partir daí, começaram as inúmeras descobertas. Entre elas, as que sucesso, fama e dinheiro em excesso trazem alegria, o que não significa sentir verdadeiramente a felicidade. Não que esteja errado buscar por isso, mas existem outros pontos importantes na vida a serem considerados.
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Segundo o professor, em entrevista à Revista Exame, “há uma ânsia por ascender no trabalho, ter equilíbrio na vida pessoal e encontrar um propósito”. O problema é não conseguir estar por inteiro em tudo que se busca: “Não adianta ficar no celular quando se encontrar com quem você ama. Hoje, muita gente prioriza o trabalho em vez dos relacionamentos e isso aumenta a infelicidade. Uma maneira é pensar nos progressos diários que um profissional alcança no fim de cada dia. A primeira lição que dou na minha aula é que nós precisamos nos conceder a permissão de sermos seres humanos. Isso significa vivenciar emoções dolorosas, como raiva, tristeza e decepção”, ensina.
O pesquisador acredita que a felicidade parte do individual para o coletivo. Para ele, pessoas felizes mostram mais flexibilidade e criatividade em seus pensamentos, que resultam em maior produtividade, podendo se tornar líderes mais agregadores e melhores negociadores. Também costumam ser mais resilientes, mais saudáveis e viverem mais. Por isso, se conectar mais às pessoas, estar mais presente nas relações e minimizar conflitos é muito importante.
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Em entrevista ao jornal El País, além das questões genéticas, existem padrões cerebrais associados aos sentimentos como a felicidade, a depressão e a raiva, por isso é importante conhecer também as questões neurológicas para entender como melhorar os níveis de bem-estar. O tema, que conquistou centenas de autores e gerou milhares de best-sellers pelo mundo, é natural e caminha com os nossos anseios desde sempre: “Há 2.500 anos, Aristóteles escrevia sobre isso. A Bíblia também trata desse tema. Sempre foi parte do nosso pensamento. A diferença é que agora temos mais tempo livre, e a isso se somam certas expectativas irreais quanto à vida. O resultado é que nos sentimos infelizes porque não entendemos o que é a felicidade”, explica.
Com as aulas amplamente concorridas, Tal Ben-Shahar elaborou um curso que atrai multidões e está pautado em tópicos como felicidade, autoestima, empatia, amizade, metas, amor, realização, criatividade, mindfulness, espiritualidade e humor. Nas avaliações constam leituras específicas, trabalhos em grupos, entrega de artigos e provas. E você, já pensou em medir a sua felicidade?
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Analista de Comunicação do Blog UNISUAM. Jornalista, Historiadora e Psicopedagoga. Mestranda em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano da UFF. Apaixonada por Educação e Cultura Popular.
Wilson | 04/12/2022 à09 17:04
Ótima matéria.
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