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Nota 10
28/01/2021 por Luanda Luiza
Tempo de Leitura: 4 minutos
Tá bom, o Google é uma grande empresa e não só trabalha com métodos ágeis como exporta novos métodos e frameworks desse tipo que, depois, acabam amplamente adotados pelo mercado. Mas, esse é um caso incomum. É uma empresa que foi construída desde o começo sobre o grande pilar da inovação e jamais abandonou essa base.
E uma coisa não dá pra negar: o sucesso dela é reforçado ao longo dos anos, mesmo no mercado de tecnologia, onde, muitas vezes, as pequenas empresas acabam tendo a liberdade de inovar e testar, ganhando espaço rapidamente sobre as empresas maiores, mais lentas e robustas, com mais dificuldade de mudar de direção rapidamente e absorver as novas tendências.
Outra coisa que não pode ser deixada de lado é a observação de que os métodos ágeis não têm a pretensão de serem uma verdade universal.
Desde a fatídica conversa dos 17 desenvolvedores de software em uma estação de esqui, que acabou gerando o manifesto ágil, a ideia é uma proposta de forma de gestão de projetos e forma de trabalhar que se aplica a alguns casos e tipos, mas sem negar que o modelo clássico de waterfall (ou cascata) funciona bem para outros casos e entrega resultados completos ao final.
Aliás, essa é a grande diferença entre os dois: o modelo cascata entrega um grande projeto completo e totalmente fechado ao final de um longo prazo acordado e os métodos ágeis entregam um Produto Viável Mínimo (MVP) o mais rápido possível e vão fazendo incrementos sobre ele conforme o feedback do cliente, melhorando o produto a cada sprint da forma que for gerar mais valor dentro desse curto período.
Não tem nada de errado em escolher uma forma ou outra. Ambas têm vantagens e desvantagens.
É fácil entender o porquê de startups e novas empresas adotarem metodologias ágeis. É o encaixe perfeito de processos para elas. Colaboradores organizados em grupos pequenos e multidisciplinares focados em projetos e não em campos do conhecimento.
Em uma empresa que ainda não tem muitos contratados, isso faz todo sentido, certo? E se a empresa ainda não tem um produto redondo e já fielmente adotado pelos consumidores, a liberdade de poder testar coisas novas com ele uma de cada vez é super bem-vinda.
E, ainda, sem um lucro regular e confiável ou mesmo rodadas garantidas de investimento para receber, mudar de direção, adaptar o caminho de projetos e processos, tendo espaço para ser disruptivo em um mercado acostumado a velhos modos e velocidade para inovar é fundamental para sobreviver.
Ok! Tudo parece realmente se encaixar nas metodologias ágeis e pequenas empresas. Mas, por que empresas grandes, com milhares de colaboradores e estruturas de organização interna complexas estão fazendo o enorme esforço e gasto de recursos para alterar tudo e se encaixar nas metodologias ágeis? Qual é o retorno sobre esse investimento? Os motivos e as vantagens são muitos, mas eles parecem convergir em 2 grandes pontos.
O primeiro deles é o conceito muito falado e cada vez mais comprovado na vida real: mundo VUCA (volátil, incerto, complexo, ambíguo).
Imagine que você é uma grande empresa que investiu dinheiro e recursos, preparando por 2 anos um grande empreendimento baseado em levar um grande número de pessoas a um lugar para viver uma experiência (um shopping ou parque, por exemplo).
O projeto andou dentro do esperado, sem atraso e sem alterações, ficou pronto conforme o combinado exatamente no fim do prazo: março de 2020.
No entanto, sem aviso prévio, sem possibilidade de previsão, uma pandemia de proporções mundiais rapidamente se alastrou, impedindo aglomerações e experiências coletivas.
Sem data para mudança desse cenário, mesmo com um projeto que andou dentro do planejado desde o começo e por mais adequado ao desejo dos clientes que ele fosse, ele não vai ter a adesão e retorno que você esperava, ao menos nem tão cedo.
Essa é a grande realidade do mundo de hoje. Tudo muda o tempo todo. O risco de fazer uma grande entrega planejada para um longo prazo de distância é cada vez maior porque, nesse período, o desejo do cliente pode mudar, o contexto pode ser diferente, uma nova tecnologia ou realidade pode surgir e alterar a forma como o mercado do seu nicho funciona. Então, ser capaz de se adequar, ajustar as velas com o vento e mudar o rumo do projeto é fundamental para garantir o sucesso dele.
Outro fator que parece convergir os motivos para essa mobilização é a inovação. Não faltam exemplos no mercado de que quem não acompanha as tendências, por maior e mais dominante que seja naquele meio hoje em dia, pode cair.
Blackberry, Blockbuster e outros… As indústrias de transporte, de música, de hotelaria… Todas passaram por essa revolução causada por uma empresa nova e pequena interessada em mudar a forma de fazer negócio daquele nicho e cresceu rapidamente pela mudança de cenário que apresentou aos clientes.
Então, a capacidade de abandonar tudo aquilo que, hoje, na sua estrutura, atrasa e tira velocidade se faz completamente necessário: as burocracias, os grandes planejamentos, as necessidades de grande certeza de retorno sobre investimento para então decidir colocar um projeto adiante.
É preciso se despir de tudo isso e se abrir a testar caminhos, errar, aprender e inovar para seguir competitivo nesse mundo em que as pessoas também são assim: dispostas a tentar o novo.
Por isso, os profissionais que dominam esses processos e métodos são cada vez mais valorizados. Afinal, eles podem se encaixar em uma estrutura de startup ou mesmo em uma empresa multinacional com anos de trajetória e estão sendo procurados por todas elas.
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Se especializar em uma metodologia ou outra, ter certificado de Scrum, Kanban ou SMART vão abrir portas em uma ou outra empresa, mas dominar o conceito e o processo são a base para esse caminho e o principal para conquistar uma outra visibilidade no mercado.
Procurar conhecimento nesse sentido, como a Pós-Graduação em Gestão de Processos e Métodos Ágeis, pode ser um ponto de virada na sua carreira.
Mesmo que você trabalhe em uma empresa que ainda não adotou esse novo formato, ser o primeiro a propor mudanças nessa direção ou incorporar algumas práticas no seu dia a dia profissional pode te dar um senso de liderança, visão e comprometimento aguçados. E quem sabe aquela promoção não chega? Ou mesmo mudar de carreira e se encontrar em um framework e até se especializar em ajudar empresas a adotá-lo, que tal? É o caminho do mercado. E pode ser o seu!
Se formou em Comunicação - Produção Editorial achando que ia fazer o e-book bombar no Brasil, mas acabou aproveitando essa paixão por tecnologia e pela palavra e hoje é focada em trabalhar com Experiência do Cliente em startups de tecnologia. Crossfiteira raiz, é fácil fazer ela feliz: larga no mato com cachorro, cachoeira e levantamento de peso. Num mundo pandêmico, acabou virando mãe de planta também.
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