Comunicação e Tecnologia
30/08/2022 por Carolina Grimiao
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Universo paralelo ou nova realidade digital? O que mais se ouve são definições abertas para o Metaverso, que é o nome dado a um tipo de mundo virtual que replica uma realidade coletiva compartilhada em cenários digitais. Ou melhor, é o conceito que mistura realidade aumentada e ambientes virtuais, onde é possível viver uma vida real em um espaço recriado digitalmente. Mas, para entender do que se trata com mais clareza, é necessário conhecer a sua origem.
Por incrível que pareça, esse termo não é novo. Em 1992, o escritor Neal Stephenson lançou o livro “Snow Crash”, que sincroniza realidade e ficção através de um jogo onde um entregador de pizza na vida real é um samurai em um universo virtual chamado “Metaverso”. Esse livro de ficção científica inspirou diversos jogos que vieram depois, como Second Life, Roblox, Fortnite e Minecraft. Em todos eles, os jogadores criam vidas paralelas em ambientes virtuais.
Mas foi em outubro de 2021 que o tema ganhou força, quando Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, alterou o nome da sua empresa para Meta, afirmando que o Metaverso é o futuro da internet e da tecnologia, e investindo 50 milhões de dólares nessa empreitada. O empresário disse ainda que planeja testar novos universos digitais nos próximos anos e desenvolver um “multiverso” entre 2031 e 2036.
? Veja mais sobre isso: Facebook investirá US$ 50 milhões para construir ‘metaverso’
Depois disso, o interesse pelo Metaverso disparou. “Meta” quer dizer transcendente, ou seja, que vai além da natureza física das coisas. E “verso” é apenas a redução da palavra universo. Logo, o Metaverso é o universo que excede as barreiras físicas do mundo real. Com isso, avatares virtuais podem conversar, trabalhar, ter vida social e bens materiais em um ambiente online.
Linguagem própria e mercado promissor
Como todo universo, o Metaverso também tem a sua linguagem própria, como os NFTs. A sigla de Tokens Não Fungíveis é a troca entre o real e o virtual. Fungível é algo que se mistura. Por exemplo, uma nota de 20 reais pode ser trocada por outra do mesmo valor. Já o item não fungível tem um valor único. Ou seja, quando um usuário adquire uma NFT ele é o único proprietário daquele item, o que aumenta o seu valor.
Logo, para adquirir um NFT é necessário ter “criptomoedas”, ou seja, um dinheiro virtual próprio para circular nesse ambiente, existindo várias delas. O Bitcoin (BTC) é a mais famosa, mas também existem Decentreland (Mana), Sandbox (SAND), Enjin Coin (ENJ) e Axie Infinity (AXS).
E essas moedas sim, possuem valores correspondentes a quantias “reais” de acordo com as regras de cada uma delas. Ou seja, cada moeda dessa possui um valor real diferente, como se fosse um câmbio entre Euro e Dólar, por exemplo. São elas que adquirem os bens em NFTs.
Todas essas informações ficam armazenadas no Blockchain, um banco de dados infinito que registra as movimentações dos usuários. Hoje, essa tecnologia não só possibilita essas transações financeiras, mas também outras aplicações e elaboração de contratos inteligentes.
Daí se entende o investimento de empresas físicas nesses ambientes virtuais. É possível movimentar um dinheiro virtual com equivalência para o real adquirindo bens únicos e exclusivos nesses lugares digitais. Empresas como a Microsoft, a Nike e até o Banco do Brasil já aderiram à experiência. O Banco do Brasil, por sua vez, criou dentro do game GTA, a possibilidade do usuário abrir uma conta bancária para o seu avatar.
No ambiente virtual é possível comprar terrenos, ações, fundos de investimentos, criptomoedas e tokens diversos, como roupas, automóveis e obras de artes. Tudo virtual. Uma economia que movimenta vários setores, como música (Ariana Grande é um exemplo de cantora que já realiza shows virtuais), publicidade e até cassino. Estima-se que esse mercado deve chegar a 800 milhões de dólares (ou 4,5 trilhões de reais) em 2024.
Tecnologias do universo virtual
Não basta apenas ter um computador com internet para habitar um Metaverso, é necessário estar alinhado com as tecnologias desse universo paralelo. Uma delas é “Realidade Virtual”, um ambiente tridimensional construído por meio de softwares. Para conseguir habitar, circular e interagir nos espaços, é necessário óculos de realidade virtual, fones de ouvido e equipamento parecidos com os dos gamers.
Já a “Realidade Aumentada” faz o oposto, inserindo dados virtuais no mundo real. Lembra do Pokémon Go, quando as pessoas procuravam bichinhos virtuais em lugares físicos? O Metaverso também está presente nesse tipo de interatividade.
? Ficou curioso? Dá uma olhadinha nesse texto: O Metaverso não existe
Metaverso x Matrix
A comparação com o filme e suas versões é inevitável. Alguns especialistas acreditam que, apesar de parecer ser o futuro, alguns cuidados devem ser tomados. Entre eles estão uma possível utopia de vida, onde as pessoas queiram lidar apenas com o virtual, deixando a vida real de lado, bem como o vício de se tornar um “gamer” 24 horas por dia, evitando a realidade física e os modos comuns de socialização. Outro ponto é a privacidade, com a circulação constante de dados pessoais em um campo infinito.
Pesquisas apontam que 6% dos brasileiros que usam a internet já estão em alguma versão do Metaverso, o que corresponde a 4,9 milhões de pessoas. E que a tendência é que, em 2026, um em cada quatro usuários de internet do mundo vai gastar, pelo menos, uma hora nesses ambientes virtuais. O que você pensa sobre isso?
UNISUAM no Metaverso
Antenada com as novidades, a UNISUAM vem realizando encontros virtuais no Metaverso. O primeiro deles foi o lançamento do Pólen Cast, um podcast voltado para o Empreendedorismo e Inovação, promovido pelo seu Polo de Inovação – Pólen. O episódio foi lançado ao vivo no espaço virtual, com transmissão simultânea no Youtube, e trouxe o tema “Metaverso, Blockchain e Criptos: Como aproveitar essa oportunidade?”, contando com a participação de especialistas no assunto.
? Saiba mais e confira: UNISUAM promove o primeiro podcast transmitido através do Metaverso
Recentemente, o evento de volta às aulas das turmas EAD também aconteceu no mesmo ambiente virtual, com dicas e orientações para os estudos remotos, e também contou com a transmissão ao vivo, que pode ser conferida neste link. Um passo a passo foi enviado aos alunos para que todos tivessem a chance de acessar e interagir no Metaverso. A tendência é que outros eventos ocorram desta forma, com a finalidade de oportunizar aos alunos o acesso às novidades tecnológicas e as possibilidades de inovação.
Venha para a UNISUAM e esteja conectado com as tecnologias do mercado!
Analista de Comunicação do Blog UNISUAM. Jornalista, Historiadora e Psicopedagoga. Mestranda em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano da UFF. Apaixonada por Educação e Cultura Popular.
JOCIMAR SILVA DE OLIVEIRA | 30/08/2022 à46 20:21
Boa noite, acredito que o futuro esteja ligado ao mercado digital, porém, também acredito que poucas pessoas terão estas oportunidades, mais a UNISUAM, esta no caminho certo,investindo no futuro, no aprendizado digital, mais o caminho árduo e nem sempre próspero e de certezas absolutas.
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